A história nas mãos
Ele utiliza a história para analisar a pactuação das elites, avalia que os militares se tornaram quase um partido político, diz que o Brasil virou carola e vê saída com o povo na rua.
Ele utiliza a história para analisar a pactuação das elites, avalia que os militares se tornaram quase um partido político, diz que o Brasil virou carola e vê saída com o povo na rua.
Do martírio na ditadura militar brasileira a fotografias em exposições de museus e revistas internacionais. Na ativa, Nair Benedicto aponta suas lentes para o mundo.
A historiadora e antropóloga acha que o bolsonarismo surpreendeu de intelectuais a políticos porque, enquanto Bolsonaro traçava um plano, tivemos a soberba de achar que ele era só um palhaço e não entendia nada. Ela alerta sobre o populismo tecnológico no mundo, toca sem pena em nossos grandes problemas, como o racismo, e fala de seu episódio pessoal de cancelamento como “um lugar de solidão”. Acredita que dá pra mudar o jogo do difícil momento histórico, mas vamos ter que encarar nossos traumas de frente.
Ele dá palestras em universidades pelo Brasil e recusa títulos. Rejeita o Estado e aponta o que devemos aprender com a vida nos quilombos. Aos 62 anos, ensino formal até a oitava série (nono ano), dois livros publicados, o quilombola Nêgo Bispo dá concretude ao termo intelectual orgânico.
Alberto da Costa e Silva fala sobre África, raízes brasileiras e se diz cansado de esperar por um Brasil que nunca chega.