Onde a palavra arrebenta
O escritor e agitador cultural que saiu de Sertânia, no Pernambuco, mas nunca deixou que Sertânia
saísse dele
O escritor e agitador cultural que saiu de Sertânia, no Pernambuco, mas nunca deixou que Sertânia
saísse dele
Ela ganhou o Prêmio Jabuti duas vezes e fala de exílio, solidão e coragem. “Eu sou feliz. É péssimo falar isso porque esperam dos escritores questões de sofrimento”.
O presidente da Academia Piauiense de Letras vai da auto-crítica à crítica a jovens escritores, intelectuais e a produção científica no Brasil: “Não fazemos ciência! Por isso não temos Nobel em nada!”
Teresinha Queiroz não sabe o que simboliza o piauiense hoje: “o meu boi morreu mesmo!”. Diz que a sociedade piauiense “acha o curso de Direito uma panacéia” e que não nos libertamos da condição de colonizados: “sempre achamos que o outro é melhor”. Mas se declara otimista e não sente saudades do passado – “só da vida privada, que não existe mais”. E se Andy Warhol previu que todos seriam famosos por 15 minutos, ela prefere pensar que qualquer um de nós pode ser poderoso, de algum modo, por algum tempo.
Eder Chiodetto: arte, fotografia, cena contemporânea e os demônios que enfrentamos