Sucesso não é business
Ele diz que é de uma época em que ser famoso era demérito, afirma que não superou "porra nenhuma" e "Ainda estou aqui" é sobre memória. "As novas gerações não sabem o que foi a ditadura".
Ele diz que é de uma época em que ser famoso era demérito, afirma que não superou "porra nenhuma" e "Ainda estou aqui" é sobre memória. "As novas gerações não sabem o que foi a ditadura".
Com livros publicados, ele diz que não se considera escritor. "O que gosto mesmo e acho que sei fazer é escrever canções". Fala que todo mundo já pensou em parar e, autocrítico feroz, aponta suas canções de sucesso que, hoje, considera estranhas ou imaturas. Bem-humorado, conta que sua aventura mais radical foi morar com Chico César, logo que chegou em São Paulo.
Ele utiliza a história para analisar a pactuação das elites, avalia que os militares se tornaram quase um partido político, diz que o Brasil virou carola e vê saída com o povo na rua.
Do martírio na ditadura militar brasileira a fotografias em exposições de museus e revistas internacionais. Na ativa, Nair Benedicto aponta suas lentes para o mundo.
A historiadora e antropóloga acha que o bolsonarismo surpreendeu de intelectuais a políticos porque, enquanto Bolsonaro traçava um plano, tivemos a soberba de achar que ele era só um palhaço e não entendia nada. Ela alerta sobre o populismo tecnológico no mundo, toca sem pena em nossos grandes problemas, como o racismo, e fala de seu episódio pessoal de cancelamento como “um lugar de solidão”. Acredita que dá pra mudar o jogo do difícil momento histórico, mas vamos ter que encarar nossos traumas de frente.