André Gonçalves
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Revista de tipografia e caligrafia (I)

I

Aos sete anos ficou sabendo que nunca seria alguém. E quem o disse foi aquele que agora estava ali, deitado, rijo, frio, mãos cruzadas sobre o peito faltando dois dedos na direita, o mindinho e o anelar, um cobertor de flores cobrindo o que seriam as pernas se elas ainda existissem, pernas que desapareceram há trinta e sete anos, ou seriam quarenta e dois, no acidente na Curva da Tartaruga, encontraram o carro, rodas para cima, e o corpo, que ainda não havia sido daquela vez que deixava de ter as características que por hábito se costuma dizer dos que estão vivos, demoraram algum tempo para encontrar, uma hora, talvez meia, um tanto escondido dentro de uma vala, um buraco, quem pode dizer como surgiu ali aquela cova que, ao contrário do que se pensa a respeito das atitudes habituais das covas, não o abrigou por toda a eternidade mas, sim, por pouco mais de uma hora, talvez meia, e o livrou da definitiva cova, a última, a derradeira, a providência divina aparece das formas mais inesperadas, pois essa cova, cavada ali, presume-se, pelas mãos do Altíssimo, para quem n´Ele crê, ou pelo vento ou pela chuva para os incrédulos e materialistas ferrenhos, foi a salvação, o coração ainda batia, o sangue corria, os pulmões respiravam, os olhos enxergavam um pouco de azul por trás de alguma névoa, que a dor muitas vezes dói tanto que deixa de doer mas coloca nuvens nos olhos. Vivo, ainda, mas duas pernas faltavam pouco abaixo dos joelhos e nunca foram encontradas, nem pelos que o socorreram, nem pela polícia, nem pelos cães, que muitos sempre houve por ali, terra de gente simples, poucas posses, pouca comida, pouca água, mas sempre um cachorro ou cadela para dividir o que sobrava ou partilhar a fome e a sede, e pode-se afirmar que as pernas, desaparecidas, desaparecidas realmente permaneceram e ainda seguem, pois pelo menos algum desses cães, se as houvesse encontrado, haveria de voltar para casa ao fim de um dia qualquer com um pedaço, um resto, um qualquer coisa preso aos dentes, e seu dono ou dona certamente haveria de o perceber pois ali, naquele lugar, bicho ou gente com fiapo de carne preso a um dente não é coisa comum. Disso nunca houve notícia, e o tempo passou, e aquele que agora ali está, digamo-lo novamente, deitado, rijo, frio, mãos cruzadas sobre o peito faltando dois dedos na direita, o mindinho e o anelar, um cobertor de flores cobrindo o que seriam as pernas se elas ainda existissem, passa seus últimos momentos, talvez hora, hora e meia, talvez menos, por sobre a terra, mas disso não pode saber já que está morto, e não há notícias fidedignas de que algum morto tenha por si mesmo dado a perceber sua condição de mortitude, e caso isso alguma vez tenha ocorrido, resolveu ele mesmo manter-se em silêncio, o que tampouco pode-se esperar que seja possível pois quem há de acreditar que um morto que seja capaz de perceber que está morto não esteja sim vivo, e que assim sendo iria gritar ou, no mínimo, balbuciar qualquer coisa que fosse para dar aos outros vivos notícia de que não, não haveria chegado sua hora, vamos festejar que a vida segue.

4 histórias breves

Consciência de classe

A vida naquela casa luxuosa era tudo o que ela tinha pedido a Deus. E graça ao amor de seu Fabrício, um setentão carinhoso e de mão aberta, as coisas para ela tinham mudado radicalmente. Ontem, a zona e a comercialização das carícias. Hoje, o conforto e a segurança do lar. Mas, com o passar dos dias, a inquietação foi apoderando-se dos olhos meigos da rapariga. A casa, antes espaçosa, tinha ficado pequena demais para o tráfego de suas dúvidas. Nada mais a satisfazia ali. Até mesmo os antigos palavrões sussurrados ao pé do ouvido, por seu Fabrício, não provocam mais arrepios. Não pensou duas vezes. Abandonou o sossego do monopólio capitalista pela socialização das coxas e gozos, na zona.

Cicatrizes da beleza

Tenho uma filha com cicatrizes horríveis no rosto. A navalha cortou fundo sua tez morena. Ela explicou que fez isso porque os homens só viam nela apenas a beleza física, ignorando sua beleza interior, mais importante segundo sua opinião. Mas agora, quando homem nenhum lhe dirige sequer um olhar, ela fica triste, num choro extremamente penoso. Eu, como pai, estou com as mãos completamente atadas, pois não sei como proceder para acalmar o sofrimento de milha filha. Afinal, o que se faz quando se tem uma filha com extraordinária beleza interior e nenhum homem é capaz de perceber isso?

Descanso na loucura

Amar é bom, pensou Isaura, difícil é não ser correspondida. Ainda mais por se tratar de um amor platônico, daqueles que se curte à distância, sem o dito cujo sequer desconfiar. Quem mandou se apaixonar logo por Benjamim, diretor da escola de línguas e com idade de ser seu pai. Mais grave ainda, esposo da professora de inglês, a quem adorava. O coração da gente, falava pra si, sempre aprontando belas surpresas.  Mas quem pode domá-lo quando a paixão surge inesperada e devastadora? Agora era sangrar calada, no cantinho da sala, suspirando quando ele aparecia para dar algum aviso. Nem para a melhor amiga, a quem confessava quase tudo, podia abrir o jogo. Ficava apavorada com a ideia de alguém saber e espalhar para todo mundo. As redes sociais viviam guilhotinando vidas e reputações. Diante do precipício, agarrava-se, buscando acalmar seu desassossego interior, à tirada genial do mestre Guimarães Rosa: “Qualquer amor já é um pouquinho de saúde, um descanso na loucura.”

Deixe de frescura!

Dava pena ver o “velho” naquela situação, triste e perdido, depois que mamãe resolveu trocá-lo por outro. Nem parecia o mesmo homem de antes, feliz com a vida e dono do próprio destino. Agora vivia trancado no apartamento e excluído do convívio social, sem querer conversar com ninguém. Morria de vergonha de todos, ainda mais dos amigos, que zombavam de sua cara por trás. No íntimo, eu tinha medo que meu pai fizesse uma besteira, matando os dois num típico crime passional. Não esqueçamos que a mão que afaga, como expressou certo poeta, é a mesma que apedreja. Quando menino cheguei a pensar, tomado de ingenuidade, que o amor deles estava impregnado de eternidade. Mas não suportando vê-lo arrasado daquela maneira, já por uns três anos, o jeito foi espantar de vez tamanha covardia: “Deixe de frescura, paizão, levante essa bunda do sofá e procure outra mulher, produto bastante farto em Teresina”.  Não tardou muito para a felicidade aparecer outra vez naqueles olhos tímidos.

Imitação

“Minha liberdade é escrever. A palavra
é meu domínio sobre o mundo”.

Clarice Lispector

Há quem diga que depois de Shakespeare ninguém fez nada diferente. Se nos ater aos enredos dos filmes e novelas que estão em cartaz, em sua maioria são realmente recorrentes aos temas das peças do grande mestre. É sempre alguém a quem foi feito um grande mal e que vai se vingar em um grau que extrapola o mal feito. Outro tema recorrente é a velha angústia sobre fazer ou não fazer. Ou então conflitos familiares: os pais que não querem; e vai por ai afora. “Nada se cria, tudo se copia”, já dizia o Chacrinha, eu acho. De verdade, as raízes shakespearianas estão até nos menores pedaços de textos. É até de bom tom citar o vate inglês, ninguém censura, julgam como valor cultural do autor.

Com certeza existe esse momento de admiração pelo texto de alguns autores. Tentar imitá-los é esforço grandioso, na maioria das vezes mais difícil que criar algo novo. É um caminho espontâneo porque quem imita, respeita e ama o que esta imitando. Imitar Machado de Assis, Clarisse Lispector ou Graciliano Ramos, é empreendimento que considero dos mais difíceis, pelo menos para mim que tão pouco talento possuo. Querer parecer com o que se admira, é humano, mas querer não é poder coisa nenhuma, embora os livros de auto-ajuda.

Não há nada mais gostoso que encontrar a sua própria voz, seu próprio estilo. Certamente é parecida com aquele que admiramos. Dizem que alguns de meus textos lembram aos do mestre Graciliano. Isso que me incha o ego, deixa gordo como um sapo ao se defender, de vaidade. Não possuo muita vaidade física; sou pequeno e, na minha opinião se não sou feio de todo, chego perto. Identifico-me muito também, em termos de ritmo literário, com Henry Charriére, aquele que escreveu o livro “Papillon”. Érico Veríssimo foi o primeiro autor a me dar vontade de um dia vir a ser um escritor (ainda estou na luta…). Adoro Charles Bukowski e sua liberdade de viver e escrever o que vive. Eles estão dentro da identidade que forma minha voz. Sou naquilo que escrevo. Essa mistura toda de temas, reflexões, sentimentos e pensamentos, como “Ulisses” de James Joice (que vivo a reler).

Escrever para mim é mais que liberdade. Liberdade é pouco para identificar meus sentimentos com relação à escrita. Escrever é meu método particular de tornar o processo pessoal em coletivo; um ato pessoal social de comunicação. Escrever é a alma do que penso e sinto. A palavra é minha relação com o mundo, antes de ser meu domínio sobre ele. Então, depois de encontrar minha própria voz, imitar conscientemente, ficou absolutamente sem sentido.

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Luiz Mendes

21/01/2016.

Noite frienta e musical

Numa dessas noites, o frio chegou lá em casa, na ladeira do Uruguai, mais alegre e convidativo do que nunca. Como se quisesse, no fundo, me recompensar pelos transtornos do calorzão da tarde. Daqueles de matar, de fritar miolos até na sombra, acabando de vez com o nosso reduzido estoque de paciência. A natureza tem, felizmente, dessas coisas: castiga impiedosamente durante o dia, mas à noite acaricia com delicadeza. Na hora da reconciliação, como naquele momento de lua cheia, nada melhor que uma rede na varanda, sem falar de um cobertor cheiroso e quentinho. Para aquecer o peito, umas duas ou três taças de vinho, tomadas devagar e saboreadas com prazer. A música, que aquieta o sentido de meus erros, escorre pelo ambiente ocupando vazios, embalando sonhos, sobretudo, quando dou ouvidos à produção local, de melodias e letras extraordinárias, já tatuadas na pele e nos ossos da gente, tanto as de ontem como as fresquinhas de agora, mais recentes.

 Abro o repertório com Morena, um clássico do cancioneiro piauiense, de autoria do grande Naeno, um dos mais talentosos compositores da terrinha, ouvindo estes versos iniciais que costumam emocionar a cachola: “Olha, morena / se você quiser que eu seja / um homem livre / pra poder te merecer / eu rompo já todos os laços que me prendem / e nos teus braços vou cair como pingente”. Dele também, aproveito para assuntar Incelença, em parceria com Climério Ferreira, música que dá vontade de repetir um montão de vezes, de tão gostosa de boa. Fechando os olhos, e em paz comigo e o mundo, viajo espiritualmente no CD Entre nós, produzido por ele e um grupo de músicos da melhor qualidade, quando sou tomado por um forte sentimento de amor e agradecimento ao Homem lá de cima, bem como aos daqui de baixo, em especial a esses que foram capazes de fazer coisas tão belas e arrebatadoras.

Outra que boto sempre para tocar é Quando a gente quer, do Edvaldo Nascimento, um rock maneiro, feito a quatro mãos com Machado Júnior, que celebra a paixão repentina por alguém muito especial, dando uma vontade lascada de lhe sapecar milhões de beijos na boca apetitosa: “Dentes e língua / língua nos dentes / morrendo à míngua / quando a gente quer / a gente sente”. Mas de todas, a que dele mais curto e mexe fundo comigo é Poemas e carícias, com letra de Cruz Neto, evocando as corajosas lutas políticas na Ufpi, quando a estudantada universitária gritávamos pelo fim da ditadura militar. Em coro bonito de lembrar até hoje, com três a quatro mil vozes, soltávamos as gargantas com paixão e revolta: “A tua presença / me deixa assim legal / desde os tempos da universidade / enquanto a rapaziada / discutia a conjuntura nacional / eu e você / trocamos mil beijinhos / no meio da greve geral / meu amor / a UNE nos uniu / e fomos pra um motel / e eu te fiz poemas e carícias / e você cheia de malícia / cobriu meu corpo de mel”.

Das muitas guardadas no peito, uma não pode faltar de jeito nenhum, nem que a vaca tussa, até porque traz um pedacinho do litoral para dentro de mim, a envolvente Pedra do Sal, uma composição e tanto de Teófilo Lima, que deixamos tocar infinitamente como a querer mergulhar e não sair nunca daquele marzão azul de meu Deus: “Ouvi dizer de uma bela ilha / de um pedaço pedra do sal / com tesouros escondidos e um farol / pedaço de uma maravilha líquida / se debatendo contra a pedra / e o sol fazendo desse casamento o sal. / Assim se fez / Assim nasceu Pedral”.  De seu primeiro CD, não canso de escutar também A volta do Zorro, Beijos e cacos e a danada de linda Compreendi. Do segundo trabalho, vem o refrigério para o desassossego da alma no belíssimo blue de Flores e línguas e no eletrizante remix de Cabeça de Cuia.

Mas como deixar de ouvir, criatura, em noite frienta e marcante, o somzaço da Validuaté, banda que nos faz levitar de tanta emoção, o talento escorrendo em suas letras e sonoridades, a exemplo de A onda, com “teu cheiro agorinha veio e me acertou em cheio/ e me completou o vazio no peito/ que não se aguentava mais de te querer/ de novo, aqui e assim pra sempre”. E o que dizer da versão que fizeram do grande sucesso de Márcio Greyck, Eu preciso é de você, levando as novas gerações (e as velhas também) a cantarolar o inesquecível estribilho da canção: “Por que, todo mundo precisa de alguém?/ E eu preciso é de você./ Pra comigo andar e para me entender/ Eu preciso é de você/ Pra continuar e pra não me perder”.

Nessa altura do campeonato, já completamente embriagado de sensações e linguagens acústicas, deixo as músicas galoparem livres na vastidão de minhas reminiscências: Freak lagarta, de Mirton e Galvão; O peru rodou, de Maria da Inglaterra; Bem melhor, da Mano Crispin; Espelho, da banda Acesso; Maquetes loucas, da Narguilé Hidromecânico; Passado, de Erisvaldo Borges; Poemeto Erótico, de Os Caipora, em cima de texto de Manuel Bandeira; Agora é tarde, de Lázaro do Piauí; Brasileiro, de Machado Júnior eCaleidoscópio, de Wilker Marques. Mas de todas, digo e não peço segredo, a que me faz sangrar é Coração sem jeito, de Roraima e Paulo Moura, cantada na voz suave e terna de Ronaldo Bringel. Diante dessa estupenda fartura melódica, as dores da vida perdem importância, lamentável apenas nem todos terem se tocado ainda para o nosso riquíssimo cancioneiro musical. Até quando?

 

 

Vida que segue

Embora solidão tenha sido a nota mais forte na desarmonia que foram meus dias, gosto demais de gente. Aprecio estar só, passear sozinho pelo centro da cidade vendo, observando, namorando as mulheres bonitas com os olhos, os edifícios, aquela dinâmica dos vendedores de rua, vitrines, modos das pessoas, artistas de rua, e os mendigos que perambulam de olhares pedidos em sombras. Mas gosto também de estar com pessoas.

Gosto da vida que explode quando abro meu celular. Adoro que me procurem e que se interessem por mim. Outro dia uma repórter disse que tenho muitos amigos. Verdade. Em onze anos aqui fora, construí muitas amizades. Não tantas quanto desejaria, é bem verdade, mas pessoas que gostam de mim com sinceridade.

Não aceito muito minha natureza febril. Sou apaixonado demais. Entrego-me em excesso ao que estou fazendo. Em geral, as pessoas se assustam. Quando olham em meus olhos e enxergam a voracidade com que as desejo em meu coração, nem sempre reagem bem. Não gosto muito dessa coisa tão caliente, latina em mim. Sou amante dos livros, do intelecto e do espírito. Não combina.

Posso afirmar com honestidade: onde souber que exista alguém parecido comigo, vou procurar. Porque eu o entenderia. É radical demais isso de cada pessoa ser única, sem igual. Nos condena a não saber como somos para o outro. Quantos de nós poderíamos dizer que não se apaixonaria por alguém igual a si? Eu amaria profundamente alguém como eu.

Claro, gostaria que meu telefone tocasse mais vezes; que me enviassem e-mails e que me convidassem mais para festas e reuniões. Mentiria se dissesse que não gosto de estar com pessoas. Acho até que estou chegando a um equilíbrio: gosto tanto de estar comigo quanto gosto de estar com pessoas. Tenho conseguido diálogos muito estimulantes, participado de encontros, palestras, reuniões e debates muito significativos.

Vivo pensando estratégias de me aproximar das pessoas. Escrever é uma delas. Há um apelo em mim pelo outro. Aquele outro que é solitário e vive em separado de mim e que nem me dá importância. Sinto-o necessário, o outro me faz falta. Muitas vezes é através do outro que me enxergo; ele é a passagem para o que serei. O outro me exige, cobra melhoras a cada dia e é desafio constante. A admiração dele me é necessária quanto a luz é para os olhos. Preciso que me mostrem que vale a pena lutar para estar aqui, junto a eles.Quero que gostem de mim, que enxerguem o valor que represento e reforcem minha crença de que os alcançarei com meu esforço.

Hoje sei que a maior parte de meu esforço desenvolvi para estar com pessoas, para que elas gostassem de mim. Quando criança, roubava para comprar afetos e considerações. Depois, quando adolescente cobrei, de armas nas mãos, respeito e só recebi medo. Pensava bastar, mas sobrou apenas angústia e solidão. Agora, maduro (para não dizer velho), estou em outro aprendizado. Dar é melhor que receber; e amar é melhor que ser amado. Compreender é mais inteligente que julgar; e respeito vem como a noite que se recebe ao abrir a janela.

Espontaneidade é a poesia da existência. As atitudes de quem anseia uma vida de verdade são comprometimentos. Estamos na travessia. Além da partida e aquém da chegada. Tudo indica que não importam os caminhos, importa as passadas que se deu no caminho. Os fins jamais justificaram os meios; estes sim demonstram os fins. Vamos acumulando o que vamos sendo.

Em meu entrecortado mosaico de pensamentos, sinto crescer a ideia de que para se viver uma vida de verdade, sempre será cedo, mesmo sendo tarde. Todo dia a vida se atrasa por conta dos encontros vazios que nos carregam para longe. Tudo é sempre outra coisa, como o sonho que não tivemos. Mas insisto; quero viver de verdade, estar verdadeiramente com os outros e assumir atitudes verdadeiras quanto à vida.

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Luiz Mendes

14/01/2016.