Por Allyson Jullyan dos Santos Nascimento

 

Uma volta na Frei, respirando o ar da Liberdade, é cedinho e tem um sol limpo e harmonioso e só a São Benedito que quer desabar. Estamos com uma pandemia e no jornal não se fala de mais nada, nem de nós mesmos. Sigo na Antônino Freire e vejo o Karnak, estou cansado de ver ele ali, e vejo até além das paredes do próprio.  – Burle Marx que o fez: o jardim. Existe uma epistemologia clara na execução dos pensamentos ali expostos e a filosofia política não passa de uma matéria da graduação. Volto-me a esquerda e olho mais uma vez para a Frei: uma volta na Frei e o Santo preto está do lado de fora da Igreja, trepado, lá em cima: carnaúba e carnaubais. Um lugar tranquilo agora naquele momento e espaço, um jazz de reflexão explode num dado momento e misturado à autofagia da reflexão surge um debate: expressões intolerantes e humanas, de um lado, e os pombos, bem- ti- vis, rolinhas e pardais, de outro. Caldo de cana. Alguém está à beira da rua mas ninguém o vê. Chega a hora de uma filosofia de vida que dê conta desses extremos, significações tão claras de decadências humanas. Os pássaros voaram e tenho a impressão de liberdade.