Não há dúvidas que a velocidade com que ocorrem as transformações tecnológicas tem causado enorme impacto na vida de cada um de nós. A comunicabilidade está promovendo a interconectividade e está expandindo e superacelerando o conhecimento. E, em consequência, nossa vida.
A China está formando cerca de 6,5 milhões de graduados por ano. Metade deles engenheiros e cientistas. Outros países, tanto menos. Mas, somando, quantos milhões de cientistas estão sendo graduados por ano no mundo todo? De 30 a 50 milhões, talvez? Quantos desses serão geniais e inovadores? Mas mesmo que a maioria não seja assim especialmente dotada, a interconectividade os proverá para aplicar e desenvolver conhecimentos.
O progresso tecnológico e as mudanças que causarão na sociedade, segundo especialistas, está apenas começando. A Genética, a tecnologia das células-tronco, nanotecnologia, neurociência, robótica, etc., prometem acima do imaginável. Por exemplo, os cientistas conseguiram projetar um implante cerebral capaz de restaurar a memória e fortalecer a capacidade de lembrar em ratos. Essa é uma clara demonstração, segundo cientistas, que a função do conhecimento pode ser aumentada por próteses neurológicas.
E onde isso pode nos levar? A saber mais, queimar etapas e acelerar o tempo em que vivemos. Isso é bom? O fato de não sabermos lidar com as transformações que ocorrem hoje não significa que elas sejam boas ou ruins. Mas demora apenas quarenta minutos a ponte São Paulo/Rio, de avião. Economiza cinco horas de nossa vida. Isso não é ótimo? As doenças serão erradicadas pelo sistema de detecção celular antes até do nascimento da criança. Os cientistas afirmam que podemos viver 120 anos, e sem doenças ou sofrimento físico.
Quer dizer: nem tudo o que se prevê do futuro é catastrófico. O tempo provavelmente carece mesmo de ser acelerado. Vamos combinar: estava tudo muito lento e cansativo. É preciso botar uma pilha. É possível ainda alimentar certo otimismo racional com relação ao homem. A sua capacidade de consertar o que quebra e oferecer contrapartidas ou alternativas ao que estraga é relevante.
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Luiz Mendes