Numa tarde de sábado, com o tempo atipicamente ameno em Teresina, Cícero Alexandrino da Rocha, 69 anos, ensaia algumas notas no violão, sentado em uma cadeira na calçada de casa. Ao fundo, uma pequena sala com fotos de jogadores de futebol, na parede, dá a dica de quem é nosso personagem. 

Com uma câmera na mão e se deslocando para os estádios do Piauí em sua lambreta amarela, o fotógrafo registra parte da história do futebol desde 1983. “Antes disso eu trabalhava em festejos no interior, fazendo monóculos. Tinha fila do povo querendo”, conta. 

Foto: Maurício Pokemon

O gosto pelo futebol surgiu junto com a necessidade de manter a família, depois que as fotos em monóculo já não faziam mais tanto sucesso. Cícero morava perto da sede do Piauí Esporte Clube, em Teresina, e começou a fotografar os jogadores durante os treinamentos. Em seguida, passou a fazer a cobertura dos jogos. 

O negócio se tornou lucrativo e o fotógrafo ampliou sua área de atuação. “Eu ia pra um jogo em Teresina ou em Altos, em Picos, onde tivesse, e fazia as fotos. Depois baixava o filme e preparava um álbum. No próximo jogo, levava o material e vendia para os jogadores”. 

Foto: arquivo pessoal

(Matéria completa na Revestrés#36- maio-junho de 2018).