Quando Rogério Newton nos deu o endereço de sua casa não imaginávamos que um pequeno templo do corpo e mente saudáveis se escondia no coração da zona Leste de Teresina. Próximo à Homero Castelo Branco, uma das avenidas com mais bares, restaurantes e boates na cidade, um grupo de pessoas se reúne para meditar, praticar yoga e trocar informações sobre alimentação vegetariana.
Eram pouco mais de 12h no meio da semana e parte da equipe separou algumas horas do seu dia para comparecer ao almoço. Driblamos a agenda lotada, remarcamos compromissos e, em meio à correria, nos foi dada a oportunidade de desfrutar um terraço arejado, músicas instrumentais relaxantes, bom papo e um almoço surpreendente.
Entrar na casa de Rogério é como atravessar um portal: o jardim arborizado com plantação de abóboras e o humor dos moradores convidam para uma mudança de estado mental e corporal. Com exceção da sogra, todos são vegetarianos: filhos, nora e amigos. “Quando eu comecei a ser vegetariana não existia nada disso em Teresina. Eu comprava linhaça onde vendia comida de passarinho”, conta a psicóloga Soraya Maria, vegetariana há 23 anos. Assim como Rogério e família, ela participa da Associação Neo-Humanista do Piauí: uma ONG que abrange uma nova abordagem do Humanismo, expandindo-o para os animais e o meio ambiente.
Após a recepção, fomos encaminhados a uma sala revestida de tapetes de yoga. “Tirem os sapatos, sentem no chão e fiquem à vontade, por favor”, orientou Rogério. Assistimos a uma explanação sobre alimentação e estilo de vida vegetariano, além dos perigos para a saúde e impactos ecológicos do consumo de carne, conduzida por Rudá Yuj, estudante de Nutrição, vegetariano desde a adolescência e filho de Rogério Newton. “Primeiro, eu quero propor que a gente feche os olhos, respire profundamente e traga uma intenção de aprendizado, mente e coração abertos”, introduziu.
(Matéria completa na Revestrés#30 – Abril/Maio 2017)