Atenção caro leitor, faça completo silêncio, pois tenho uma ótima notícia pra você: Bob Dylan é o Prêmio Nobel de Literatura 2016. O anúncio foi feito na sede da Academia Sueca, em Estocolmo, na manhã da última quinta-feira, 13. A explicação apresentada, mais que justa, foi por ele “ter criado novas expressões poéticas na grande tradição da canção Americana”. Ouviu bem: Bob Dylan, o genial trovador moderno, norte-americano de Minnesota, de 75 anos, nascido Robert Allen Zimmerman, famoso mundialmente como cantor e compositor, levou o cobiçado Prêmio Nobel de Literatura 2016 por ter gravado, segundo nota biográfica da academia, “um grande número de álbuns que giram em torno de temas como a condição humana, religião, política e amor”. Paralise tudo que estiver fazendo, estimado leitor, inclusive os negócios, e preste muita atenção, please, nessa boa nova divulgada semana passada pela mídia internacional: o Prêmio Nobel de Literatura 2016 coube a ninguém menos que Bob Dylan, crescido numa família judaica de classe média que, desde a adolescência, caiu de amores pela tradição da música americana, especialmente o folk e o blues, autor de clássicos que caíram no imaginário das pessoas ao redor do mundo inteiro: “Blowin’in the Wind”, “Subterranean homesick blues”, “Mr. Tambourine man” e “Like a rolling stone”. E mais, respeitado leitor, que os líderes Obama e Putin, diante de tal notícia, cessem as tensões entre seus países, por algumas décadas ao menos, evitando assim outra guerra mundial, pois Bob Dylan, que abandonou a faculdade para se dedicar integralmente à música, indo morar em Nova York, onde se tornou famoso no início dos anos 60, foi agraciado com o prêmio literário mais importante do planeta – o Nobel de Literatura 2016, pelo lirismo expresso em suas letras, bem como ao deixar claro que, ao ser trabalhada com amor, a letra de música vira poesia da melhor qualidade, ganhando os ares através de melodias e interpretações que tocam fundo a alma de todos. Garanto que a partir dessa premiação, prezado leitor, um novo paradigma surge nos estudos literários, uma vez que Dylan, apontado com status de um ícone, segundo avaliação da Academia Sueca, revela-se aos olhos do mundo como “provavelmente o maior poeta vivo”, resgatando assim o legado de outros bardos que o precederam nos Estados Unidos, a exemplo do extraordinário Walt Whitman e dos irreverentes beatiniks Allen Ginsberg e Jack Kerouac. Desligue seu televisor, amigo leitor, uma vez que neste mundo em crise, tanto do ponto de vista econômico quanto político, surge finalmente uma mensagem de esperança frente ao avanço dos fascistas: não bastassem inúmeros prêmios já ganhos, Bob Dylan, “como artista, foi altamente versátil e trabalhou como pintor, ator e autor de roteiros”, abocanhou o Prêmio Nobel de Literatura 2016, ele que criou sua arte em defesa de um mundo mais fraterno e de combate às injustiças em geral. Portanto, digníssimo leitor, louvemos Bob Dylan, como diria Torquato, e deixemos o ruim de lado!
Wellington Soares
Coisas e outras