Quem é ele? Desde muito antes do hino-rock Rita Lee, ninguém consegue explicar o mistério por trás do contágio do Rock’n’roll. Apenas um gênero musical é pouco para definir algo que transcende a sonoridade e passa por estilo de vida, atitude, arte, criação, política – e dos anos 1950 até hoje invadiu filmes, TV, festivais, tomou os shows, a vida de gerações inteiras, como injeção na veia.

No final dos anos 1960, os Beatles haviam feito sua última aparição pública e Led Zeppelin lançava o primeiro disco de heavy metal do mundo. Na capital do Piauí, bons representantes dos diversos subgêneros do Rock fizeram a cidade tremer em diferentes épocas. Era década de 1980 quando surgiu o primeiro grupo a fazer sucesso com suas composições autorais, cantando em português e sendo uma das primeiras bandas a despontar no que, àquela época, se chamava “metal nacional”. Era o deslanchar do grupo Vênus, com Pincel no baixo, Kinha na bateria, Nene na guitarra líder e Thyrso Marechal no vocal e guitarra base.

“Nós tínhamos amor à música e, claro, ao Rock pesado. Também havia afinidade, amizade e a vontade de fazer algo de que realmente gostávamos”, lembra Thyrso que também viveu o auge do Rock com as bandas Avalon, Scud, Capitão Guapo, Retrorock e, volta e meia se reencontra com os amigos assumindo as guitarras da banda Radiofônicos.

Foi também na Teresina dos anos 1980 que Edvaldo Nascimento junto a necessidade de falar poemas com a guitarra elétrica. “Faz um rock urgente” é o primeiro verso da canção Minas e Minas, de Edvaldo Nascimento e Durvalino Couto. Lotava teatro, embalava corações.

Gerações depois, a máquina não para: é banda nova surgindo, grupos retomando, músicos experimentando o bom e velho rock’n’roll com as plataformas digitais de lançamento. Então aumenta, que isso aí é rock’n’roll.

“Nós somos muito mamãezinha”

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Kasbafy | Foto: Maurício Pokemon

No quintal de casa funcionam dois estúdios: um de ensaio e outro de gravação. Um sujeito de barba comprida, na casa dos 50 anos, abre o portão. Na sala acústica, repleta de instrumentos musicais e amplificadores, questiona se determinado bar era “do meu tempo”. A resposta negativa gera expressiva surpresa: “Quantos anos você tem, 15? Um bebê!”.

Hortêncio de Castro Barbosa Filho decidiu transformar as primeiras sílabas dos sobrenomes de batismo em nome artístico. O resultado ficou Kasbafy. Produtor e guitarrista da banda Megahertz, montada em 1985, com 16 anos ele saiu de Elesbão Veloso, interior do Piauí, e veio para Teresina.

“Na época do Megahertz a gente já estava procurando fazer algo mais pesado e autoral. Comecei os contatos com o pessoal de fora via revista, fanzine e fizemos um intercâmbio com outras regiões. No ano seguinte, produzimos a primeiro demo”, conta Kasbafy.

Em 1986 a Megahertz começa a tocar em outros estados. A banda passou por Fortaleza, São Luís, Recife, Salvador, Belém e São Paulo. “Um dos shows mais bacanas foi no Verdão. O Brasil então ficou focado com a ideia de que aqui tinham bandas muito boas. Na época, a revista Rock Brigade e muitos fanzines reconheceram nosso trabalho”.

O grupo passou por várias formações em 29 anos de estrada. O Thrash Metal da banda lançou os discos Split LP Technodeath e Stop the fire! pela gravadora Cogumelo Records, com a banda Avalon, e Rehearsal Tapes, em 1993, e  Pyramidal Power, em 2002.

Nós somos muito ‘mamãezinha’. Os músicos não querem ter que sofrer lá fora. Também não temos aquele povo que gosta de cultura. Gostam de comer, beber e ficar doido” – Kasbafy

Influenciados pelas bandas britânicas Judas Priest, Motorhead, Iron Maiden e pelas norte –americanas Metallica e Slayer, a Megahertz tocou em festivais e eventos de público headbanger. Kasbafy é pouco modesto: “A receptividade do Megahertz sempre foi boa porque sempre fomos uma banda de referência no estilo”.

O músico considera que a maioria das bandas acabou por falta de espaço para tocar. “O Piauí Pop foi uma grande vitrine. A música do Piauí existe e é muito boa, mas está travada. Nós somos muito ´mamãezinha´. Os músicos não querem ter que sofrer lá fora. Nós também não temos aquele povo que gosta de cultura. Gostam de comer, beber e ficar doido. Mas música mesmo, não se dá valor”, declara.

Enquanto parceiros de estrada mudaram de ramo, Kasbafy é incansável e radical: “Minha vida é música. No dia que eu não puder mexer com isso eu meto bala na cabeça”.

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Edvaldo Nascimento | Foto: Maurício Pokemon

Faz um rock urgente

Teresinense, três discos, um DVD e mais de 30 anos de carreira. Fez parcerias com grandes poetas, musicou escritos de Torquato Neto. No fim dos anos 1970, fez as primeiras apresentações em festivais universitários. Na década de 1980, mudou–se para o Rio de Janeiro. “Recebi várias propostas, até de mudar meu nome porque disseram que Edvaldo Nascimento não era vendável. Bicho, que é isso, se eu mudar meu nome como vão me reconhecer na minha cidade?”, diz o cantor piauiense.

Na capital carioca, Edvaldo Nascimento montou a banda Pedra Bonita com Gil Eduardo, filho de Erasmo Carlos. Em parceira com Arimatan Martins, compôs a canção “Cara do mundo” e dividiu o risco de tentar carreira fora do estado. Além de tremendão, Erasmo Carlos é pai coruja. “Os ensaios eram na casa do Erasmo. Ele fez uma participação especial numa canção minha que gravamos com a banda Pedra Bonita”, destaca o músico.

“Recebi propostas até de mudar meu nome, disseram que Edvaldo Nascimento não era vendável. Bicho, se eu mudar meu nome como vão me reconhecer na minha cidade?”

Foi de volta à Terra Natal que Edvaldo gravou seu primeiro álbum solo. “Com esse disco, minha carreira realmente começou”, diz, referindo-se a Pedra Base, vinil de 1993. Na cena autoral, Edvaldo é nome forte: seu repertório acumula mais de 200 músicas gravadas. Em sua discografia está ainda os CDs Coração Quente (2003) e Sou Todo Escuro e sou Clarão (2006). Criador do festival “Teresina, Capital do Rock”, ele critica: “Faltam pessoas que valorizem. Só querem ir para shows de graça. Se você cobra R$ 5,00 ninguém quer dar”.

Edvaldo tocou com artistas como Djavan, Zizi Possi e Paulinho Mosca, mas foi com os conterrâneos Geraldo Brito, Cruz Neto e Climério Ferreira que gravou a coletânea Geleia Gerou, LP de 1980. “É legal quando me chamam de dinossauro ou pai do rock. É uma forma carinhosa e, afinal, fui o primeiro”. Depois conclui: “O rock fica morno, mas depois volta com tudo”.

O Grito e o Anno

Desde cedo Júlio Baros entendeu que a vida podia ser mais rock’n’roll perto de algum instrumento. Na adolescência, ele viu um show do conjunto Roque Moreira no colégio e lembra-se de, naquele momento, ter pensado: “É isso o que eu quero fazer”.

Depois Júlio estava na banca V-Road, fazendo voz e guitarra ao lado de Mauro Roberto (baixo), Roni Vieira (guitarra) e Lucas Dourado (bateria). Longe da zabumba e do som regional que o Roque Moreira fazia, a V-Road apostou em um rock alternativo pós-grunge.

A banda passou por diversas cidades no Piauí e nos estados vizinhos, Ceará e São Luís. Júlio esteve na organização de edição do Grito Rock em Teresina, festival criado em Cuiabá e produzido de forma colaborativa desde 2007, que já percorreu 40 países e mais de 400 cidades. “Acho importante que esse circuito continue acontecendo porque serve para bandas e produtores trocarem experiências e fortalecerem a cadeia produtiva de música, ao mesmo tempo em que abre portas pras bandas tocarem por todo o Brasil”.

Nunca foi tão difícil e ao mesmo tempo tão fácil ter um fã. A um clique o cara tem acesso a banda e a música que quiser. Mas isso banalizou um pouco a coisa” – Júlio Baros.

O guitarrista avalia que, com as plataformas digitais e mídias sociais, as distâncias geográficas ficaram menores, porém “por outro lado, tem sido complicado formar público. Nunca foi tão difícil e ao mesmo tempo tão fácil ter um fã. A um clique o cara pode ter acesso a banda e a música que ele quiser, mas isso, de certa forma banalizou um pouco a coisa”.

O disco Wings of a Screamer, de estreia da V-Road, foi gravado no Sound Records Studio, em Teresina e, para Júlio, foi um investimento necessário. “Acho importante ter algo físico pra apresentar sobre meu trabalho, como um cartão de visita” defende. “No cenário independente já temos certa projeção, e vamos em frente porque eu acho que aqui, em Teresina, só passou um primo do rock. O movimento é cíclico, ainda tem muita coisa por vir”.

Os rapazes da banda Anno Zero, com mais de 15 anos de estrada, têm uma história que atravessa a linha do tempo do dark metal em Teresina. “Eu nos colocaria na 3ª geração da música pesada, considerando que a primeira tenha sido representada por bandas como Vênus, Avalon e Megahertz”, diz Eduardo Zee, baixista.

Para o músico, a cidade de Teresina sempre teve uma veia roqueira muito forte. “Acho que até mais do que as capitais vizinha, como Fortaleza e São Luís. Sempre tivemos bons representantes, de todos os gêneros, desde o pop dançante até o mais extremo black metal, passando por punk, hardcore e heavy metal. Até bandas de rock instrumental surgiram”, comenta.

A Anno Zero surgiu na onda de Paradise Lost, Katatonia, Moonspell e outras do cenário dark metal europeu. Sobre gravarem suas músicas autorais, o guitarrista André Melo diz: “Tem uma importância muito grande pra nós. É a concretização de um trabalho em que a gente acredita”.

Setembro, mês do rock

Quem vê o homem sério e social atrás da grande mesa de escritório nem imagina que toda aquela pinta de executivo esconde um roqueiro convicto – e  desses que marcaram época em Teresina. Zilton Lages conta, como quem confidencia um passado cheio de aventuras, liberdade e rock’n’roll: “A gente gostava de surf, skate, música e tinha muita vontade que as coisas acontecessem em Teresina”.

Aos 50 anos, Zilton fala dos tempos em que esteve à frente do Setembro Rock – um festival de música em que o Rock era predominante e por onde passaram os maiores nomes do estilo no estado e do país.

A primeira edição aconteceu em setembro de 1984. No palco da Central de Artesanato Mestre Dezinho, centro de Teresina, mais de 12 bandas se revezaram nos shows para um público de quase duas mil pessoas. “Era uma loucura! Logo na estreia conseguir reunir um público de mil e quinhentos pagantes”, conta Zilton que, além dos amigos na organização, conseguia apoio de empresas em ações planejadas para financiar o evento. “A gente conseguia patrocínio, por exemplo, para fazer camisas. Aí elas eram vendidas antes do evento e dava pra tirar uma grana. Lembro que todo mundo era pago direitinho, mas ninguém fazia aquilo com objetivo de obter lucro”.

Em seus cinco anos de edição, o festival deixou momentos históricos para o público – que teve a oportunidade de ver bandas do metal nacional pela primeira vez em Teresina – e para os músicos também, empolgados com a estrutura que o festival conseguia levantar: eram 12 mil watts de som, mais do que o suficiente para estremecer o público rock’n’roll. “Acho que as bandas topavam participar porque todo mundo tinha curiosidade de se ouvir naquela estupidez de som”, brinca o produtor.

O Setembro Rock teve fim em meados dos anos 90. A colaboração do Zilton na cena do rock local, no entanto, não parou por aí: ele esteve junto na produção do primeiro e único álbum da banda Vênus, que teve 500 cópias prensadas em LP, em 1986. O disco trazia na capa a foto do pôr-do-sol visto do delta do Rio Parnaíba. Reconhecido como um dos precursores e um dos mais antigos registros no Brasil de Heavy Metal cantado em português, hoje o artigo é peça de colecionador.

Zilton também produziu festivais de vídeos. Com a turma, organizou várias sessões de filmes de rock no extinto Cine Royal. “Woodstock, Led Zeppelin e o primeiro vídeo do AC/DC veio direto da Austrália pra cá”, relembra. Para ele, música tem que ser ‘boa de verdade’. “Gosto de música boa, não posso ser rotulado apenas como do rock”, diz ele, confessando ouvir muita música eletrônica. “Para mim, Teresina é uma cidade rock’n’roll. Na musicalidade, nas atitudes, nas mulheres e em tudo que se consolidou por aqui”.

O som que vem do bueiro

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Bueiro do Rock | Foto: Maurício Pokemon

O que era posto de lavagem automotivo virou casa de show. Contrastando com os pubs abertos da zona Leste, a fachada pintada na cor preta anuncia o que se espera: outro estilo musical é expressamente proibido – o rock é exclusividade no Bueiro.

Por lá já passaram nomes nacionais e internacionais como os ex-vocalistas da banda Iron Maiden, Paul Di´Anno e Blaze Bayley; André Matos, Matanza, Ratos de Porão e Krisiun, que chegaram a reunir cerca de 500 pessoas cada show. Por trás da produção local estão os irmãos Driênio Rogério e Dieudes Laênio.

“A gente viu que Teresina tinha uma carência de locais específicos para o rock, um ponto de apoio do gênero que se dedicasse exclusivamente ao estilo. Então começamos a fazer alguns shows em 2005, mas só abrimos o Bueiro do Rock em 2006”, diz Dieudes.

No bairro Memorare, zona Norte de Teresina, o Bueiro do Rock aproveitou o espaço que tinha. Dique do posto de lavagem virou palco, banheiro foi reformado e a antiga estrutura reutilizada. “Com o passar do tempo, a gente foi organizando os shows e tirando dinheiro do próprio bolso”, destaca Dieudes.

Professores de música, os irmãos se alternam na rotina diária de aulas e produção de shows no espaço. No local, já se apresentaram bandas de todas as regiões do Brasil, através de contato inicial feito por e-mail e redes sociais. Paralelamente ao Bueiro do Rock, os irmãos montaram a banda Capitalistic Death.

“A gente gosta de misturar todas as linhas mais pesadas do rock e do metal como o Hardcore, Death Metal, Punk e Heavy Metal. É o que a gente chama de crossover”, diz Dieudes, responsável por voz e guitarra do trio, que conta com mais um integrante, o baterista Lucas Soares.

Moradores de anexo do Bueiro do Rock, os irmãos confessam o orçamento apertado e apostam no apoio da família. “Às vezes dá pra tirar uma grana, mas já pegamos prejuízo de R$ 8 mil reais. O grande lance de o Bueiro do Rock se manter até hoje é porque a família que toma de conta. A gente mora e trabalha aqui”, destaca Driênio.

Seu Raimundo Nonato, pai da dupla, já foi ourives e hoje se dedica ao que os filhos chamam de sonho. Não mede esforços e se orgulha de serem autônomos. Simples e convicto, dispensa cerimônia e garante: “Nenhuma banda nacional ou internacional saiu daqui sem o valor acordado no início, nem que a gente fique no prejuízo. O Piauí não tem o nome sujo lá fora por causa do Bueiro”. Seu Nonato diz que não faz distinção com ninguém, mas não deixa de ter sua preferência: “Minha banda favorita é Matanza”.

Pedrada do Piauí

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Bode Preto

Jogue disco + skate + aranha no Google – desse jeitinho mesmo, e um dos resultados será o vídeo “5 + Chuck Hipólitho: vinis brasileiros”. Nele, o VJ e ex-diretor da MTV Brasil aparece listando seus cinco discos nacionais preferidos em meio a toda sua coleção. Ao lado de clássicos do Titãs, que ele cita como a maior banda de rock do Brasil; Os Paralamas do Sucesso e Caetano Veloso, lá está uma capa anunciando o horror punk: “Evil & Dead”, da banda piauiense Skate Aranha.

O disco foi lançado em 2012 pela Läjä Records, uma gravadora do Espírito Santo. Fabio Mozine, um produtor famoso por reconhecer ‘pedradas’ topou com um link da banda, por acaso, no Twitter. Entrou em contato com o quarteto em 2008 e, da troca de e-mails, botou a coisa para fazer barulho.

Com apenas 14 minutos, o disco é descrito pela crítica especializada como uma equilibrada e eficiente mistura de punk, hardcore e heavy metal – mas sem parecer chata ou forçada, “o que é muito fácil de acontecer quando você se veste de múmia e adota apelidos engraçados”, diz o post que indica o grupo no blog ‘Tenho Mais Discos Que Amigos’: “Não é o caso aqui, já que tudo é feito sem erro”. “Uma pedrada nacional que faz até velhinha entrar na roda punk!”, diz o texto do “Eu escuto!”.

Josh é como prefere ser chamado Josué Soares da Silva Júnior, 36 anos. É ele o cabeludo que aparece na foto do canto direito superior, na contracapa do emblemático disco. Aos 14 anos, pegou na primeira guitarra e em 1994 se juntou aquela que seria sua primeira banda: Monasterium.

No ano de 2006, quando morava em Amsterdã, começou a compor as primeiras músicas que mais tarde integrariam o repertório da Skate Aranha. De volta ao Brasil, reuniu os amigos da Monasterium, juntou as ideias, definiram conceito e em pouco tempo estava pronta algumas cópias de CD-R, sem mixagem. Foi parte desse material que a produtora Läjä Records teve acesso e resolveu licenciar. Além do Brasil, esse disco foi vendido em boa parte da Europa.

“Não dá pra saber como as pessoas gostam e resolvem falar sobre uma banda ou lançar um material. Pode ser alguma mágica”, acredita Josh, que hoje se dedica mais aos projetos da banda Bode Preto. Com raríssimos shows em Teresina, a banda, que ele define como “metal obscuro e porrada”, tem dois trabalhos lançados (Dark Night, um EP de 2010; e Inverted Blood, CD de 2012) e coleciona artigos e resenhas em revistas internacionais como Decibel Magazine (USA), Terrorizer Mag (UK) e DOA Mag (USA).

Levando uma vida quase ‘isolada’, Josh é modesto ao falar do seu trabalho como músico. É na casa dele, próxima ao Parque Zoobotânico e longe do centro da cidade que ele, Júnior Mortal Trash e Pablo Necroso ensaiam com a Bode Preto.

O retorno da Skate Aranha é algo pensado pelos músicos da sua formação original, que apesar da sintonia na gravação do antológico disco, nunca fizeram um show. Isso talvez explique a sensação de descoberta do ouro que muitos adeptos do estilo têm ao encontrar o rock pedrada que vem do Piauí. “Uma das melhores coisas que já ouvi feitas no Brasil. O tipo de banda que dá até ciúme você ficar divulgando. Você quer só você conhecendo eles”, diz Hipólitho. “É um clássico absoluto”.

(Reportagem publicada na Revestrés#13 – 2014)