Participaram dessa entrevista: André Gonçalves, Luana Sena, Maurício Pokemon, Samária Andrade e Wellington Soares. Texto e edição: Luana Sena. Fotos: Maurício Pokemon.


“Olha, filho! Trisca nele, é de verdade!”, dizia a mãe toda simpática para uma criança que posava ao lado de Ziraldo. Passava um pouco das dez da manhã, e o escritor tentava em vão pôr duas gotas de adoçante no café, entre uma foto e outra com crianças, adultos e fãs de todos os tipos, aglomerados ali no Hotel do Cônego, no centro histórico de Oeiras.

(Foto: Mauricio Pokemon)

(Foto: Mauricio Pokemon)

A cidade no sertão do Piauí era cenário do passeio de Ziraldo, o cartunista, chargista, jornalista, escritor, pintor – ele não cabe em uma só categoria ou definição. São 82 anos, completados no último outubro, sendo 66 deles puramente dedicados à arte. Nesse mais de meio século ele navegou pela publicidade (“sou o ‘super decano’ da publicidade no Brasil!”), explorou o jornalismo (O Pasquim, A Palavra, e Bundas) e escreveu histórias para crianças, sua verdadeira paixão.

No campo infantil, tudo começa com “A turma do Pererê”, em 1959, a primeira revista em quadrinhos brasileira totalmente colorida. Depois veio Flicts, a história de uma cor aflita por não achar seu lugar no mundo. O livro foi editado no mesmo ano em que o homem foi à Lua, e Neil Armstrong confirmou: “The moon is Flicts”. Ganhou também o Jabuti por Menino Maluquinho, um dos nomes mais famosos da literatura infantil dos anos 90. Com esse personagem Ziraldo acredita ter encontrado “o menino do Brasil”. Sozinho, o garoto de dez anos, paletó azul e uma panela na cabeça vendeu mais de dois milhões de exemplares e deu inspiração para roteiros de peças, filmes, quadrinhos e programa de TV.

Ziraldo veio ao Piauí participar da II Feira Literária de Oeiras (Flor), que aconteceu em novembro. Lá ele conversou com crianças, apreciou os trabalhos em sua homenagem, palestrou, bolou um concurso cultural e atendeu solícito a todos os que desejavam trocar duas palavras – no caso da Revestrés, foram mais que duas. Menos do que gostaríamos, mais do que imaginávamos diante do encontro apressado no café do hotel e com uma dúzia de pequenos leitores à sua espera. E, apesar das condições, ele foi gentil e bem humorado. Um Ziraldo avesso aos avanços, mas que fala com tom moderno e descolado – mesmo quando defende ideias de outros tempos. Parece identificar-se com o ofício de repórter, curioso, inquieto. De repente vira ele mesmo o entrevistador: “O que significa o nome dessa revista? Como vocês bancam?”- um autêntico remanescente de O Pasquim.

Com o tempo estourado (de Oeiras viajaria mais de 300 quilômetros até o aeroporto de Teresina) e diante do pedido de seu assessor para apressar a conversa, esforçou-se para não deixar ninguém na mão: “faz o seguinte: me pergunta algo que eu possa responder só sim ou não!”, pede, arrancando risos.

Era impossível, porque Ziraldo não cabe só em uma palavra – são muitas e diversas as histórias e as opiniões polêmicas, que nem precisamos apertar muito para que surjam. Às vezes sério, às vezes galanteador, critica com graça, elogia discreto. E segue falando sobre leitura, imprensa, guerra dos sexos e bundas – um de seus assuntos preferidos e inspiração para o mais recente trabalho, no Rio de Janeiro. Mineiro de Caratinga, carioca da Lagoa, admirador das mulheres, especialista em bundas e doido por carnaval. O Ziraldo é da cor do Brasil.

Luana – Você já disse em muitas entrevistas que “vive um sonho de escrever para crianças”. Como isso tudo aconteceu?

Ziraldo – O negócio é o seguinte: o fato de ser autor de livro para crianças – não gosto de falar autor infantil. “Nossa, esse autor é tão infantil!” (risos) – ocorreu a mim. Não é uma coisa que eu tenha escolhido “vou escrever livro para crianças”. O que eu queria ser mesmo, quando era menino, era desenhista de histórias em quadrinhos. Esse que era o meu sonho. A minha geração tinha como referência da fantasia, da imaginação, o Monteiro Lobato. Mas eu não ligava muito pra Monteiro Lobato não, meu negócio era gibi. Meus amigos de infância são o Super-Homem, o Fantasma, o Batman e alguns heróis muito significativos para mim naquela época, mas que não sobreviveram, como o Espírito, que foi fundamental na minha infância. Tinha o Místico, tinha o Íbis, o Bozo, o Vingador, o Cometa – uma porção de heróis que não sobreviveram, mas que estão muito vivos na minha mente até hoje. Eu passei a minha infância inteira desenhando história em quadrinhos. Aí eu fui para o Rio levar as histórias, para ver se eu arranjava emprego – essa profissão não existia.

Eu não ligava muito pra Monteiro Lobato, não, meu negócio era gibi. Meus amigos de infância são o Super-Homem, o Fantasma, o Batman.

Samária – Você também trabalhou com publicidade nessa época, inclusive em grandes agências. Como foi trabalhar com propaganda?

Ziraldo  Acabei trabalhando em agência de publicidade porque naquela época não tinha fotógrafo em agência, nem existia televisão, então tudo era desenhado na agência. O que é engraçado é que os artistas tinham hora, igual bancário: você chegava às oito, saía meio dia pra almoçar, voltava, saía às seis… Batia ponto pra desenhar! Para criar, para ter ideias! Quer dizer, o sistema era muito engraçado. Eu trabalhava na McCann Erickson. Aliás, dessa geração de criadores de 1948 só tem dois vivos: eu e um tal de Altino, que era um dos diretores na época e hoje está aposentado. Mas eu sou o “super decano” da publicidade brasileira. E ainda estou trabalhando, você imagina, desde 1948! 66 anos que eu tenho de profissão. E aí eu só consegui fazer a minha história em quadrinho nos anos 60. Eu publiquei muitos desenhos, caricaturas em revistas. Fiz histórias em quadrinhos para revistas Vida infantil, infanto-juvenil, que eram revistas da época, mas só publiquei a minha em 1960, quando criei a “Turma do Pererê”. E aí a vida seguiu: eu saí de agência, fui pra imprensa, virei cartunista, chargista. E não fiz mais quadrinhos. Em 1969 fiz o Flicts, um livro para crianças que marcou muito a minha vida. Isso foi no período do AI-5, e ele saiu em cima da confusão que estava o Brasil. Eu estava no Pasquim, com toda aquela turma, e ficaria ali até ele fechar, em 1970.

IMG_5400

Fotos: Maurício Pokemon

André – O Pasquim marcou a história do Jornalismo, entre tantas coisas, pela sua postura crítica à ditadura e à censura. Você acha que existiria espaço hoje para um novo Pasquim?

Ziraldo – Não, não… Existe não. A história da luta pela liberdade tem características próprias em cada ocasião. Próprias e circunstanciais, entende? Eu tentei fazer duas publicações de protesto depois e quebrei minha cara completamente. Em 2002 tentei fazer O Pasquim 21, contra a vontade do Jaguar e do Millôr, que achavam que a gente devia imortalizar aquela ideia do Pasquim original. Mas eu achei que cabia no espaço ainda uma publicação de protesto. Acontece que a juventude brasileira estava voltada para outros tipos de interesses. O Pasquim 21 foi uma saída que eu achei para substituir a Bundas, uma revista que eu tinha feito em 1999 para protestar contra essa coisa leviana da imprensa brasileira, essas revistas de banheiro de luxo, “Quem”, “Caras”, que ficam vendendo a vida pessoal das pessoas da televisão. Eu acho abominável! Então eu fiz a Bundas.

Em 1969 fiz o Flicts, um livro para crianças que marcou a minha vida. Isso foi no período do AI-5, e ele saiu em cima da confusão que estava o Brasil. Eu estava no Pasquim, com toda aquela turma, e ficaria ali até ele fechar, em 1970.

Wellington – Uma característica forte das publicações que você encabeçou sempre foi a política. Como era manter essas revistas?

Isso acontecia, de certo modo, por acaso. Eu levava cartunistas para publicar na Bundas – que era a forma mais barata que eu tinha pra fazer, porque eu não tinha dinheiro, e pagava por cartum – mas o pessoal só sabia fazer charge. Então a Bundas virou uma revista política, extremamente política. A nossa paixão era o Fernando Henrique Cardoso, o governo dele. O Aroeira fazia uma caricatura do FHC que ele podia mover uma ação contra por deboche. Mas enfim, não aconteceu nada – nem um anúncio. Primeiro por causa do nome. Segundo porque a imprensa brasileira não estava interessada em protesto. A revista não tinha repercussão e eu pensei “estou enganando o povo”. Faço uma revista chamada Bundas, o povo pensa que é de sacanagem e ela é política! Decidi fazer um jornal político, e aí veio O Pasquim 21. Mas não aconteceu nada com ele também, em termos de venda, repercussão. Eu acho essas duas revistas muito bem feitas, tem uma série de teses universitárias sobre elas e tudo, influenciou outras futuras publicações, mas tive que fechá-las. Então, eu tive dois editoriais e dois fracassos financeiros e econômicos profundos. Até hoje pago dívidas de O Pasquim 21 e da Bundas. Mas essa é a minha história.

Bundas foi uma revista que eu fiz em 1999 para protestar contra essa coisa leviana da imprensa brasileira, essas revistas de banheiro de luxo, “Quem”, “Caras”, que ficam vendendo a vida pessoal das pessoas da televisão. Eu acho abominável!

André – O seu trabalho tem uma forte presença de mulheres de biquíni, mulatas brasileiras… Como você acha que as mulheres dos anos 2000 se percebem no seu trabalho? Elas ainda se identificam no seu traço? Muda algo nessa percepção delas a cada geração?

Ziraldo – Olha, tudo é episódio. Eu acabo de fazer uma exposição no Rio, chamada “As mulheres do Ziraldo”, em que eu trato a beleza feminina com a maior dignidade, na minha opinião. Eu faço recriações em cima de alguns clássicos, como aquela foto da Marilyn Monroe, como les demoiselles do Picasso e várias outras, e o estilo do desenho vem do Pasquim – aquelas mulheres de bunda grande, cintura fininha. Pintei tudo em acrílico, com dois metros de altura, telas gigantes. Quando estávamos publicando O Pasquim, e a gente criticava muito o feminismo, estabeleceu-se uma relação extremada da turma do Pasquim com o movimento feminino. Uma dicotomia. A Betty Friedan (considerada a fundadora do movimento feminista moderno nos Estados Unidos) veio ao Brasil e nós entrevistamos ela no Pasquim. E teve uma briga dela com o Millôr, fantástica! O Millôr chamando ela de idiota e ela chamando ele de machista. Ele com aquela lucidez, mostrando pra ela que a posição das mulheres era idiota, quer dizer, não adianta querer igualdade sexual porque não há hipótese de haver isso.

Em Bundas não conseguimos nenhum anúncio. Por causa do nome e porque a imprensa brasileira não estava interessada em protesto. Pensei: “estou enganando o povo”. Faço uma revista chamada Bundas, o povo pensa que é de sacanagem e ela é política!

Luana – Por que você não acredita na igualdade dos sexos?

Ziraldo – A mulher não sente do mesmo jeito que o homem. Inclusive há aquela frase engraçada: “a mulher não é o feminino do homem, é um outro ser”. São dois seres diferentes. Então essa coisa foi muito exacerbada naquela época – agora passou essa exacerbação. As mulheres já compreenderam que ao invés de atacar o homem e ficar com essa coisa do politicamente correto, elas fizeram uma paródia do que eu sempre falei: o tempo que você gasta sonhando, é o mesmo que você gasta fazendo. Ao invés de ficar criticando, brigando, vá lá e faça! As mulheres estão tomando conta do mundo! A presidente do Brasil é mulher, a da Argentina é mulher, a primeira-ministra da Alemanha é uma mulher. Até o final desse ano 90% dos países serão governados por mulheres! Então, hoje, mais de 70% dos CEOs de empresas americanas são mulheres: a Warner, a Disney. Quando vou trabalhar com as empresas paulistas sento numa mesa com 30 mocinhas para discutir. Então, ao invés de ficar enchendo o saco da gente, vem cá, abraça a gente, cheira a gente, toma conta da gente igual mamãe fazia. E vai cuidar da sua vida! E outra coisa, mesmo com o mundo moderno, não adianta: não tem mulher no mundo que dispense a mão de um homem no ombro. A coisa que mais realiza uma mulher é isso. Ela quer mostrar para o mundo que ela tem o homem dela. Você vai botar isso na sua revista e vai aparecer uma porção de gente me chamando de machista. (risos)

IMG_5453

Fotos: Maurício Pokemon

André – Muda alguma coisa na sua concepção, no seu sentido de humor, com a chegada dos 80 anos?

Ziraldo – Não! Não muda nada! Comportamentalmente, só mudam as circunstâncias. O Freud, quando resolveu classificar a natureza humana, explicar as reações humanas diante da vida e do próximo, usou estereótipos gregos – Complexo de Édipo, de Electra, etc. E até hoje é assim: tem gente que não resolve a relação com a mãe, que briga com irmão, tem gente que mata os outros. Eu posso te elencar todos os sentimentos humanos existentes no dicionário e veja se você inventa um que não está na lista. Covardia, medo, carência afetiva, saudade, tristeza, mágoa, vingança… Inventa mais um aí! O ser humano é o mesmo. O que muda são as circunstâncias.

Luana – Você foi bastante assediado na sua chegada a Oeiras, na Feira Literária e nos passeios que fez pela cidade. O que achou da experiência?

Ziraldo – Nós somos muito carentes, né? É impressionante. Olha, eu já dei entrevista em quase todos os países da América Latina. Já dei entrevista em muitos lugares do mundo. Nunca me perguntaram “O que você tá achando de Paris?”, “O que você achou aqui do México?” (Risos). No Brasil tem isso! Você acha que se eu não tivesse curiosidade pelo Piauí, pra conhecer esses lugares e esse povo, conhecer Oeiras, eu teria feito, aos 82 anos, essa peregrinação que eu fiz aqui? 320 km de carro pra ir e pra voltar, mais cinco horas de voo, dois aeroportos, pra um velhinho?

Não tem mulher no mundo que dispense a mão de um homem no ombro. A coisa que mais realiza uma mulher é isso. Você vai botar isso na sua revista e vai aparecer uma porção de gente me chamando de machista. (risos)

Samária – Você ainda usa uma máquina de escrever, não é? Qual sua relação com as tecnologias? Você usa computador e as redes para divulgar seu trabalho?

Ziraldo – Nenhuma, nenhuma, nenhuma. Não tenho nem acordo. Meus assessores viajam comigo pra poder me ajudar nessa parte. Até pouco tempo escrevia em uma Olivetti moderníssima, que digita e imprimi ao mesmo tempo. (Risos)

Luana – As crianças ficam encantadas com a sua presença e lhe chamam de “pai do Menino Maluquinho”. Seria esse o seu personagem preferido? A que você atribui os anos de sucesso dele?

Ziraldo – Não, é não. Eu sou igual mãe: não tenho como dizer de qual filho gosto mais, eu gosto de tudo igual. O estouro veio pela identificação. Você gosta daquilo com o que você se identifica. E eu acho que encontrei o menino brasileiro. Não é o Calvin, o menino americano. O brasileiro que é essa melação. Se o Calvin ligar pro pai dele no escritório o pai não atende. Se o Menino Maluquinho ligar no escritório, o pai para a reunião e vai, “alô, filhão!” (diz, imitando), com todo mundo ouvindo e esperando. Isso é ser brasileiro. Nos Estados Unidos seria um absurdo inimaginável.

Wellington – Quando você afirma que “ler é mais importante que estudar”, você está usando uma força de expressão ou reflete uma vivência própria?

Ziraldo – Eu acho que se você não ler você vai ser sempre empregado dos outros, a não ser que você jogue futebol – a não ser que você jogue muito bem futebol. Quer dizer, o ser humano que não lê, não escreve, não consegue se expressar pela leitura, é um handicapped, é um aleijado. Mais que um aleijado – tem um aleijão muito preocupante. Eu fui para uma Feira do Livro em Porto Alegre, e tinha um cego no avião comigo. Sentou do meu lado, magrinho, franzino e cego. Quando eu chego no local da palestra, lá está o ceguinho chegando também, e eu pensei “olha, o ceguinho veio!”. Entramos no circo armado, para mais de quatro mil pessoas falarem sobre livros, e tinha três ou quatro “catarinas” – aqueles caras de um metro e noventa, loiros, descendentes de europeus de Santa Catarina – eles estavam lavando o chão, carregando coisas, fazendo o trabalho pesado. Esses três ganhavam um salário mínimo, cada um. E aí quando eu fui sentar na mesa da palestra, quem sentou ao meu lado? O ceguinho. E me surpreendi: “ele veio fazer palestra?”. E fez uma palestra brilhantíssima, sobre leitura, literatura brasileira. Menino de uma cultura formidável, que lê por braile. E pagaram dez mil reais a ele de cachê. Aqueles três catarinas lá não vão ganhar dez mil reais nem em três anos, trabalhando os três. Então isso mostra que ler é mais importante do que tudo. É lendo que se chega lá. Meu negócio é falar isso por aí.

***

A FLOR DO SERTÃO

No meio da Praça Matriz, centro histórico de Oeiras, um banquete de livros é armado à temperatura de 37 graus. O clima é seco em novembro, mas ninguém se importa: centenas de crianças correm, passeiam, brincam, escolhem livros para ler nos lounges construídos de material reciclado, como um fast food.

É a Flor – Feira Literária de Oeiras – que, em sua segunda edição, convidou o escritor e quadrinista Ziraldo para falar a crianças e professores do ensino público da cidade e regiões próximas. O objetivo do evento é formar leitores – daí a ideia de distribuir livros em mesas quilométricas, à disposição dos pequenos leitores.

A iniciativa da feira partiu de Tiana Tapety, secretária de Educação em Oeiras. “Envolvemos sete mil alunos e 66 escolas municipais”, afirma, antes de destacar os benefícios da leitura no ensino. “Conseguimos perceber o reflexo da feira nas crianças, porque a leitura se pratica todo dia. Não se faz educação sem leitura”.

Há dois anos a Flor foi incorporada ao Festival Cultural de Oeiras, que está em sua 9ª edição. O propósito de juntar os dois eventos é dar mais vida ao festival, que já acontecia, e proporcionar dentro dele uma programação infantil: bate-papo literário, oficinas para crianças, contação de histórias e teatro em plena praça, tudo de graça. “A cidade se apropriou do evento, participando de tudo, se sentindo parte e não só espectador”, acredita Stefano Ferreira, secretário de Cultura.

“Acho que um grande diferencial da Flor é a preparação que se faz antes com as crianças, trabalhando os livros do convidado, e gerando comoção e interesse delas em conhecer a pessoa, o autor”, destaca Tiana. “A feira é só a culminância de um projeto”. No próximo ano, a 3ª Flor pretende trazer outro grande nome para sua programação: Mauricio de Sousa.

(Publicada na Revestrés #17 – Edição Adalgisa Paiva – 2014)