01. Conhecer a rua do Barrocão, a Avenida José dos Santos e Silva, onde Torquato Neto nasceu e à qual fez referência na linda canção A Rua, em parceria com Gilberto Gil. Bater perna na rua do Torca.
02. Ler a Navilouca, a última iniciativa editorial de Torquato. Uma revista seminal para a moderna poesia brasileira.
03. Passar na porta da casa onde Torquato morou com seus pais, na rua Coelho de Resende. A casa, hoje, parece que é uma clínica, mas está lá.
04. Conhecer as fotos do still do filme Adão e Eva – do Paraíso ao consumo, de Carlos Galvão e Edmar Oliveira- o filme perdido onde Torca faz o papel de Adão.
05. Ler profundamente e várias vezes a letra de Marginália II, que Torquato fez com Gilberto Gil- um retrato perfeito do Brasil da época, quando, antes de dormir, pedíamos a benção “entre cascatas, palmeiras, araçás e bananeiras, ao canto da juriti”.
06. Conhecer todas as edições de seu livro póstumo, Os Últimos Dias de Paupéria, organizado por Waly Salomão e Ana de Araújo.
07. Lembrar de Torquato descendo a Frei Serafim para encontrar com a gente na grama da Igreja de São Benedito, descendo em seguinda até a P-2 para comprar o Jornal do Brasil.
08. Lembrar que ele era cruel e irônico, e não deixava passar nenhum vacilo.
09. Tê-lo no coração mais do que nome de rua ou caderno de jornal diário. Saber cantar suas canções e dizer pelo menos um de seus poemas.
10. Escrever em minúsculas, como ele. Mas saber que jamais poderemos reproduzir sua grande e surpreendente originalidade. Torca não é o Roberto Carlos, mas é inimitável.