Nicinha nasceu Leonice Ribeiro de Almeida, em Ipiranga, Piauí. O ano? Ela não costumava revelar, então, que assim seja.

nicinha

Ilustração: Dino Alves

Mais que uma carnavalesca ou sambista, Nicinha se transformou em figura histórica. Nomeada eterna rainha do carnaval da capital piauiense, se existia um evento carnavalesco, nele lá estaria ela. Desfilou em todas as escolas de samba da cidade: maquiagem carregada, fantasia brilhando, samba no pé e alegria interminável.

Como porta-bandeira, na comissão de frente, sambando na avenida ou apenas abrindo um grande sorriso e enxergando tudo através dos seus óculos que, segundo alguns, parecia transformar a vida em permanente folia, Nicinha deixou sua marca. Marca de rainha não apenas do carnaval, mas também do rádio, da televisão, da alegria, como ela gostava de se ver.

Em 1992 o carnaval perdeu Nicinha. Mas ainda hoje, e para sempre, onde houver um pé no asfalto com vontade de desenhar alguns passos de samba na avenida, a eterna Nicinha se fará presente.

(Publicado na Revestrés#29)