Neste fim de semana (11 e 12) a Biblioteca Estadual Cromwell de Carvalho será ocupada pelo TRISCA#3 – aventuras de ficar vivo!. O festival de arte com crianças propõe “acontecimentos” pensando por artistas, músicos e produtores para serem vividos por adultos e crianças de todas as idades. No domingo, a Feira Verde, em sua 10ª edição, se junta ao evento, transformando o dia em um grande festejo.

“Pra gente é muito importante garantir esse lugar de festival como uma festa, um festejo, um lugar de cruzamento, de encontro, de tempo junto”, explica Soraya Portela, uma das produtoras do Canteiro, responsável pela realização do TRISCA. Layane Holanda, artista curadora do festival, explica que a pandemia vivida nos últimos tempos trouxe o eixo curatorial deste ano. “Essa realidade vivida pelas crianças sinalizou o que a gente queria discutir nesta edição”, comenta. “Acreditamos que até certa idade, esse estímulo à tela tem sido excessivo nas crianças”, observa. “Estudar pela tela, encontrar família pela tela, fruir arte pela tela, era tudo muito violento”.

Pensando na segurança dos participantes, o festival seguirá todos os protocolos sanitários comprovadamente eficazes no combate a Covid-19 – uso de máscara obrigatório e álcool em gel disponível – além de atividades acontecendo ao ar livre e sessões com limite de participantes. Um dos “acontecimentos” por exemplo, o Bubble Dance, é uma pista de brake dance e hip hop no sabão. “Água e sabão matam o coronavírus e tá tudo certo”, brinca Layane.

 

 

Uma das atrações mais esperada é o coletivo Fuscirco – uma trupe circense do Ceará, que viaja o Brasil dentro de um fusca. Os palhaços Rupi e Pitchula comandarão a oficina O Gran Circo Malabar, com clavas, bolinhas, corda bamba e uma viagem pelo mundo do circo a partir das 10h do domingo (12). No fim do dia, eles voltam com o espetáculo Risita Surpresa em sessão única aberta ao público a partir das 19h. 

 

Você trisca no patrimônio

A biblioteca pública Estadual Cromwell de Carvalho é um prédio histórico com mais ligação com a infância do que se pensa. Localizado na Rua Coelho Rodrigues, centro-sul, bem em frente a Praça Demóstenes Avelino (Praça do Fripisa), o prédio tem característica da arquitetura escolar do início dos anos 20. De fato, antes de sediar a Faculdade de Direito do Piauí, entre as décadas de 50 e 70, o local abrigou a primeira escola primária da capital. 

 

 

Hoje, a biblioteca estadual tem um acervo de 40 a 50 mil exemplares – dos quais, todos aqueles em referência ao estado do Piauí estão organizados e catalogados. Além do acervo bibliográfico para consulta, há uma vinilteca e sala de estudos. Em decorrência da pandemia, as visitas só estão acontecendo por agendamento.

Porém, no fim de semana, as portas estarão abertas para a ocupação do TRISCA. Do hall de entrada, passando pela “nave”, até o quintal, tudo estará preenchido de acontecimentos para viver juntos.  Confira aqui a programação!