Há 7 anos ela se dedica às artes visuais ou, como prefere dizer, “a experimentar processos criativos”. Suas habilidosas mãos já trabalharam com aquarela, linha, pintura e, agora, encontram outros refúgios. O resultado é um belo repertório de técnicas livres, fora dos padrões acadêmicos.  

Baiá (@baia.etc), psicóloga de formação e artista por inquietude, saiu de Teresina selecionada pelo circuito SESC Amazônia das Artes e passou por Amazonas, Roraima, Tocantins, Mato Grosso e Maranhão com a expo “Desalinhada”. Carimbou passaporte em Buenos Aires, onde morou, e realizou a individual “Otros Territorios, na galeria Quema La Nave, com curadoria da antropóloga Carina Borgogno 

Passou pelo Ciudad Cultural Konex e Centro Cultural da Embaixada Brasil-Argentina, na coletiva Miradas del Brasil”, realizou estudos em joalheria e arte têxtil (bordado, tricô e macramê) e voltou para o Brasil. Em Ubatuba, entrou em contato com outro elemento: a terra. Começou a trabalhar com cerâmica, montou grupo de estudo e um retiro de criatividade.  

Participou de coletiva no Museu de Arte e Cultura de Caraguatatuba (São Paulo) com caráter itinerante por algumas cidades de São Paulo e…viu tudo mudar com a COVID-19. Foi hora de olhar para dentro.  

“O feminino está muito presente no meu trabalho. Tenho conexão forte com a natureza, venho de uma família de muitas mulheres. O fazer manual tem relação muito grande com memória, afeto e ancestralidade. Minha necessidade de investigar e experimentar, extrapolando a pintura, vem desse lugar: minha infância em Teresina, povoada de linhas, caixas de costura da avó, finais de semana na fazenda e muita imaginação. Acrescentei elementos e novas morfologias ao trabalho, mas a identidade – por mais que não me considere uma artista regional-, vem mesmo do Piauí”, confessa a psicóloga, como quem desabafa, com saudades, em uma sessão de terapia. 

***

A coluna Peixe Voraz, de Léo Galvão, é publicada em Revestrés#46 que, devido a pandemia, circula online e gratuita.

LÉO GALVÃO é Relações Públicas, faz amizades na fila de qualquer lugar e dentro do elevador. Dorme cinco horas por noite, odeia palavras em inglês e é devoto absoluto de paçoca, maria-isabel e carne de sol, nesta ordem.

Nesta edição, Peixe Voraz traz ilustração de João Pedro Incerti  – @o_incerto  

Revestrés#46 TÁ IMPERDÍVEL! E TÁ NOS LINKS ABAIXO!

https://revistarevestres.com.br/edicaoonline/ (pdf para baixar)

https://issuu.com/revestresdigital/docs/revestres46_web (para ler online)

Novas assinaturas de Revestrés estão temporariamente suspensas.  

💰 Continuamos com nossa campanha no Catarse.
Ajude Revestrés a continuar produzindo jornalismo independente: catarse.me/apoierevestres