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Borrão

Entre os dias 07 e 27 de agosto está acontecendo o projeto Borrão, no Campo, em Teresina. Durante três semanas, o espaço propõe ações de imersão entre artistas e produtores, permitindo a moradia coletiva no local de trabalho para dedicação ao processo criativo, além de conversas públicas e compartilhamentos de processos criativos.

Na primeira semana, o grupo piauiense de break dance Original Bomber Crew esteve em criação no Treta, que foi compartilhado com o público. Na segunda semana, artistas que têm usado o Campo como espaço de pesquisa abriu ao público o Mormaço, que consistiu em três solos.

Durante todo o período de residência, o artista visual piauiense Maurício Pokemon tem tomado a fachada do Campo como ação continuada do projeto Existência, com o qual vem retratando questões dos ribeirinhos de nove estados brasileiros, através do Projeto Sesc Amazônia das Artes.

Na última semana, o programa propõe dois encontros teóricos abertos ao público: um com a artista da dança e doutora Gilsamara Moura (SP), outro com a doutoranda e crítica de teatro Luciana Romagnolli (MG). Os encontros acontecem pelas manhãs, como parte da residência com a plataforma Demolition Incorporada, a qual reunirá 26 artistas do Brasil em Teresina, para uma semana de prática em torno de seus processos e criações.

Sobre as conversas

O ensino de dança nas universidades do Brasil hoje – Dia 23, quarta-feira, das 10h às 12h30

Gilsamara Moura propõe uma discussão e um compartilhamento acerca da presença da dança na sociedade de uma forma geral, a partir de sua experiência como artista e coordenadora em uma universidade de dança no Brasil. A conversa vai partir de questões como: Para que mais cursos superiores de dança no Brasil? Qual a relevância política da dança enquanto área de conhecimento? Produção acadêmica e produção artística. É possível? Como defendemos as políticas públicas nos dias de hoje?

Gilsamara Moura é artista da Dança, doutora em Comunicação e Semiótica (Políticas Públicas em Dança), mestre em Comunicação e Semiótica (Literatura e Dança) e professora da Escola de Dança da UFBA. É Vice-coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Dança/ UFBA e, atualmente, é coordenadora artística da Escola de Dança/ UFBA. É diretora e bailarina do Grupo Gestus, idealizadora do projeto Gestus Cidadãos/LUPO e professora convidada do Impulstanz – Vienna Internacional Dance Festival, desde 2012.

Como olhamos para a arte? Conversa sobre cadernos, convívio e crítica – Dia 25, sexta-feira, das 10h às 12h30

Luciana Romagnolli propõe refletir junto com os participantes sobre modos de abordagem e mediação nas artes da cena. Desde o olhar para o processo criativo, propiciado pelos registros nos cadernos de artistas até como distintas dramaturgias configuram as relações entre performers e espectadores. Além de como a crítica se insere nesse circuito e contribui para a discussão sobre arte hoje.

Luciana Romagnolli é jornalista, crítica de teatro e doutoranda em Artes Cênicas (ECA-USP). Editora do site Horizonte da Cena e integrante da DocumentaCena – Plataforma de Crítica. Foi curadora do Idiomas – Fórum Ibero – Americano de Crítica de Teatro (PR), em 2016 e do eixo reflexivo da MITsp 2017. É coordenadora de crítica do Janela de Dramaturgia (MG).

O Borrão também dá continuidade a estratégia de sustentabilidade do espaço, que coloca a programação com entrada gratuita e a sugestão de contribuição voluntária dos visitantes. O Campo Arte Contemporânea fica na Rua Padre José Rego, 2660, São João, no prédio do antigo Comercial Carvalho. Mais informações aqui.