Neste domingo, 29, o Campo recebe dois solos do bailarino, coreógrafo e músico japonês Atsushi Heki. Os trabalhos serão apresentados às 20h e foram criados a partir de perguntas importantes para o artista que combina tradição e contemporaneidade: podem a tradição e a contemporaneidade criar um futuro juntos? Ou a tradição criará um novo futuro contemporâneo?

Os solos são 彼岸 の 桜 Higan no Sakura “Flores de cereja do outro mundo”, uma dança tradicional japonesa e 極 楽 鳥 の 森 “Pássaro do Paraíso”, trabalho que combina dança tradicional japonesa e dança contemporânea.

O artista é residente no projeto Teresina Tohoku e orienta classes de dança tradicional japonesa para o elenco do espetáculo Dança Doente de Marcelo Evelin/Demolition Incorporada e um grupo de 12 artistas residentes do Piauí.

Desde o ensino médio, estuda teatro, instalação e toca gamelan, instrumento tradicional da Indonésia. Começou a aprender Nihon-Boyou, estilo de dança japonesa, com Senrei Nishikawa e performou o trabalho de Senrei em diferentes partes do mundo como Bali, Indonésia e Suíça. Fez intercâmbio no Centro Nacional de Dança Contemporânea de Angers e, recentemente, criou obras como “Bosatsu Rakugo” e “Rumiisana” no Ásia Tri Jogja Festival (Indonésia) e também coreografou no SF-Cinema e Teatro.

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Atsushi Heki

ficha técnica

Coreografia, Música de Gamelan: 日 置 あ つ し Atsushi Heki

Operação de som: 瀧 口 翔 Sho Takiguchi

Música: 山 中 透 Toru Yamanaka

Canção tradicional japonesa: 山田 白米 Hakumai Yamada, escrito por Atsushi Heki

Traje: 南 野 詩 恵 Shie Minamino

Cocar (usando Urushi): 日 置 美 緒 Mio Heki

Produção 航路 延長 Koro Encho

TERESINATOHOKU

O projeto acontece em Teresina, terra natal do coreógrafo Marcelo Evelin, como parte da criação do espetáculo Dança Doente. O processo que se inicia com essa residência toma de empréstimo o universo do dançarino e coreógrafo Japonês Hijikata Tatsumi (1928-1986), nascido no Tohoku, região que veio a influenciar consideravelmente sua obra. O projeto se organiza em torno de processos, performances, encontros, palestras, instalações e convivências, reunindo 40 artistas residentes em trânsito: criadores, performers, teóricos, dramaturgos, produtores culturais de Teresina, Japão, Canadá, Holanda, Alemanha e de vários estados do Brasil.

Foto divulgação Campo IMG_5282

Campo arte contemporânea

 

O projeto começou em 15 de janeiro, com uma residência artística junto a 15 artistas piauienses. Os trabalhos foram abertos ao público com espetáculos de dança contemporânea de Bruno Moreno (SP), Isabella Gonçalves (SP), Samuel Alvis (PI) e Ireno Junior (PI) e produziu o terceiro fanzine do CAMPO, este em torno do material de pesquisa do espetáculo Dança Doente. A programação segue até 24 de fevereiro.

O projeto Dança Doente foi contemplado pelo Prêmio Funarte Klauss Vianna de Dança 2015.

 

O que? Solos de Atsushi Heki

Quando? Domingo, 29 de janeiro

Que horas? 20h

Onde? Campo arte contemporânea

Quanto? entrada franca, com doação sugerida para manutenção do espaço no valor de R$ 10