Tal qual o livro célebre de Thomas Morus, Brasília pode ser uma utopia, que quer dizer “não lugar” – aquele que não existia e que, no caso da capital federal do Brasil, foi criada, inventada, desenhada e tornada real. A palavra também pode ser traduzida para “lugar da felicidade”, como promessa e esperança.
Em Brasília, juntam-se técnica e imaginação. É essa junção que Ricardo Penna celebra em suas fotografias. Sua série sobre a cidade, continuamente produzida e publicada em suas redes sociais, mesmo quando a capital do Brasil vive politicamente o caos, recupera a beleza e insiste em procurar o ângulo ainda inédito.
Nesse ensaio, Ricardo Penna regenera a esperança: devolve a utopia a Brasília – mais do que como sonho, como horizonte.
(Ensaio publicado na Revestrés#32 – Agosto/Setembro 2017)