A busca de desvendar Torquato Neto e a invenção da Tropicália é a proposta de Todos os dias de paupéria: Torquato Neto e a invenção da Tropicália(editora Cancioneiro), livro de Edwar Castelo Branco, que acaba de ter uma nova edição publicada. Edwar é professor de História da Universidade Federal do Piauí (UFPI) e estudioso da obra do poeta, compositor e jornalista piauiense.

 

O livro coloca a década de 1960 como momento de emergência da pós-modernidade brasileira na medida em que foi, nesse período, que se visualizou as agonias de um segmento jovem que viveu e criou sob as dinâmicas próprias do período, de transformações e, ao mesmo tempo, sob um sentimento de pulverização da vida. O Brasil do final desta década vivia a ditadura militar e também um forte momento de criação artística e contestações.

Segundo o historiador Durval Muniz de Albuquerque Júnior, o livro é original por questionar verdades cristalizadas e proporcionar uma releitura do movimento tropicalista. Conforme pontuou, ao invés de tentar construir uma verdade sobre a Tropicália, a obra procura desmontar as versões aceitas sobre o período e descentrar o “papel da música popular e do grupo baiano, notadamente Caetano Veloso e Gilberto Gil”, permitindo assim a visão de outras virtualidades e fazendo “emergir outras figuras malditas e mal vistas como José Agripino de Paula, Tom Zé, Jomard Muniz de Brito e o próprio Torquato Neto”.

Todos os dias de paupéria pode ser adquirido no site da editora Cancioneiro, nas principais lojas virtuais do país e em livrarias selecionadas.

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